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Mostrando postagens de novembro, 2015

DA A MÃO PRA APANHAR

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Essa frase eu ouvi muito desde que aprendi a andar, tanto meu pai como minha mãe sempre tiveram um comportamento deliberado quando iam punir as filhas. As ações eram executadas com toda força e raiva que um ser humano pudesse ter e a justificava era a “boa educação das filhas”. Nessa violência física constantemente sofrida morava um monstro muito maior. O da violência psicológica. A expressão “da a mão pra apanhar” significava  agir contra você mesmo. Para evitar a possibilidade da criança ao ser espancada sair de perto do agressor era preciso segurá-la. Mas não era apenas pegar a mão dela e bater. Era necessário humilhá-la. E fazer com que ela mesmo sabendo do cruel castigo que lhe esperava, aceitasse estendendo a mão para apanhar. Os castigos eram tão cruéis que nunca experimentei correr pra ver o que acontecia. Com a cinta, a vara, a espada de são Jorge, o fio do ferro, o pau de bater roupa, ou seja o que estivesse disponível ao alcance, tanto pai quanto mãe exprimiam...

SERIA O PAPEL HIGIÊNICO?

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QUAL É O TEU PAPEL UNIVERSIDADE? SERIA O DESENVOLVIMENTO HUMANO? BARRADO TODOS OS DIAS PELAS PORTAS FECHADAS? PELAS GOTEIRAS EM CIMA DAS CARTEIRAS? PELO CERCEAMENTO DE ALUNOS E PROFESSORES? QUAL É O TEU PAPEL UNESPAR? SERIA UMA EDUCAÇÃO HUMANIZADORA? OU SERIA A DISPERSÃO DOS ACADÊMICOS EM OUTROS PRÉDIOS EVITANDO QUE ELES COMUNGUEM DO MESMO ESPAÇO? OU SERIA CONFINÁ-LOS EM UM ESPAÇO TÃO PEQUENO SEM ESTRUTURA PARA RECEBÊ-LOS COM COERÊNCIA? QUAL É O TEU PAPEL GOVERNADOR DO ESTADO? SERIA O DE AJUDAR A PROMOVER A PÁTRIA EDUCADORA? EXTORQUIR E MASSACRAR OS PROFESSORES? OU DIFICULTAR AO MÁXIMO O ACESSO AO ENSINO PÚBLICO PARA A POPULAÇÃO A FIM DE MANTE-LOS SOBRE O CABRESTO PARA QUE TÚ CONTINUES NO PODER? QUAL É O TEU PAPEL ACADÊMICO? É BATER NO PEITO E LUTAR ESTA LUTA JUSTA DANDO SEU SANGUE E SUA VIDA POR UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE EXIGINDO SEUS DIREITOS E OS DEVERES DO ESTADO OU VÃO ACEITAR CALADOS QUE ENFIEM OS CORTES COM  DESPESAS  A GOELA...

A noite em que me tornei humana

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Senti a dor da solidão, o peso da culpa Perdi o rumo, os sentidos, as vaidades, os pudores Rastejei entre as folhas caídas no chão Sentindo o cheiro de vômito nos cabelos O consciente já inconsciente nada mais pensava, Apenas sentia tudo intensamente Sofria silenciosamente O coração calado por tanto tempo, Falei de coisas que mostravam quão frágil e imperfeita sou Vaguei como um anjo caído Até encontrar meu anjo da guarda Que me vendo tão frágil e inconsolável Segurou a minha mão até a parte mais fria da noite passar E então, ao amanhecer, eu expirei Desprendendo-me daquele corpo frágil e fétido Retornei ao meu status de Semi-Deusa Com a missão de aperfeiçoar o imperfeito E evitar o inevitável. Lunah Lan

O SABOR DA COCA-COLA

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Minha mãe para seguir os passo errantes do meu pai, deixou-me aos cuidados de minha avó (agradeço muito por isso, esse período significou menos surras, mais sonhos e possibilitou-me a criatividade da solidão, que eu prometo contar em outro texto). Tinha nessa época entre 6 a 8 anos. Minha avó necessitava de constantes viagens para tratamentos médicos na capital e deixava-me aos cuidados de outros parentes. Certa feita fiquei com uns tios, casa cheia de crianças. Na casa moravam o casal e cinco filhos, dois jovens, dois adolescentes e um mais novo que eu. Até aí tudo bem. Eles tinham o compromisso me mandar para a escola, me alimentar e fornecer local para eu dormir enquanto minha avó estivesse fora. Não tinha café da manhã como a vovó fazia – pão com ovo frito, um copo de leite com chocolate e aveia. Era uma caneca de chá, se quisesse. Quando eu chegava da escola todos já haviam almoçado e eu podia comer o que tivesse sobrado. Era visível a má vontade em tomarem conta de mim. ...

A LUZ DE VELAS É MAIS ROMÂNTICO

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Eu sempre fui uma criança muito curiosa. Sempre tive muita vontade de escrever e principalmente de ler. Meu pai não gostava muito disso. Irmã mais velha de três irmãs e carrego nas costas e nas pernas marcas dos espancamentos por traquinagens que muitas vezes eu não tinha feito. Eu lia tudo. Placa de rua, eu morava na Rua Visconde de Taunay e a minha primeira curiosidade era porque se escreve Taunay e se fala Toné. Toda vez que eu preguntava me mandavam calar a boca, até a professora ficou furiosa quando perguntei. Quanto mais mandavam me calar, mais curiosidade de descobrir eu tinha. Lembro-me do primeiro gibi. Achei na rua um gibi do TEX, história de cowboy, não era pra minha idade é claro, nenhuma leitura era. Eu tinha que cuidar da casa, lavar a louça e varrer o quintal cuidar das irmãs. Na minha casa tinha uma folhagem que não precisava muito de água e como era eu que colocava água não tinha o que temer. Escondi o meu gibi no meio da densa planta. Ao anoitecer ia à “privada” ...

O PALADAR DA GANÂNCIA

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O rio que era Doce Na lama amarga afogou-se O preço da água salgou Quantos sonhos azedou A cidente  ou  desastre ? Não! A fome de lucro  E sua violência peristalse O devorou! Lunah Lan

AOS TRANCOS E BARRANCOS

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Ontem eu ouvi esse dito popular que significa de qualquer maneira, de maneira improvisada. E me dei conta que é aos trancos e barrancos que a história se faz. Não importa quantas planilhas fazemos para organização das coisas, temos o relógio, o calendário, a agenda, os famigerados celulares. Tem crianças (e adultos) que se guiam pelas programações das TVs, e se por acaso a programação muda, lá se foi o seu dia “água a baixo”. Programamos aquele regime para a segunda feira e quando encontramos os amigos eles estão tomando cerveja com fritas, como não socializar, não é mesmo? Programamos aquele dia na praia e amanhecemos com cólica ou chove o dia todo. E as férias? Aquelas que no meio do ano a gente já começa a sonhar e vai passando o tempo e queima o chuveiro, fura o pneu do carro, acaba o gás de cozinha, a empresa fali. A vida é cheia de percalços, todos as noites alguns dormem fazendo os planos de como será o seu amanhã, mas no outro dia o despertador não toca e você acor...

NOTA DE ESCLARECIMENTO

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Eu não quero como os meus textos ser tratada como vitimista ou coitadista. Por um único motivo, não sou vitimista – fui vítima, não sou uma coitada – sou uma guerreira. Eu sofri todo tipo de violência desde o nascimento, juventude, casamento. Eu passei por pais irresponsáveis, extremamente agressores (física e psicologicamente), pai alcóolatra. Fui estuprada quando criança por parentes. Tiraram-me da escola e me entregaram a outros como escrava doméstica no início da adolescência, não me defenderam quando sofri bulling na escola, passei fome e quando casei sofri agressões físicas e psicológicas por muitos anos. Diziam-me todos os xingamentos de baixo calão e ainda: __ Você não vale nada! __Você não presta pra nada! __Você não vai ser nada na vida! __Sua morta de fome! __Sua cara de cú sem beira!* __Asquerosa! Esse último, na época tive de recorrer ao dicionário para saber do que estavam me xingando. Porque eu havia lavado a roupa e estendido no var...

INDIGNADA COM A (IN) JUSTIÇA BRASILEIRA

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Matar uma pessoa é crime? E matar várias? Destruir o patrimônio público é crime? E destruir ruas, patrimônio histórico igrejas, escolas, etc.? Estragar a casa dos outros é crime? E destruir várias casas, documentos, pertences pessoais e únicos? Maltratar animais é crime? E matar uma biota inteira? Eu ouvi que as pessoas dizendo que o dinheiro do fundo de garantia das VÍTIMAS será liberado para que estas arquem com as despesas mais urgentes! Isso me soa no mínimo incoerente, se eu sou a vítima, e a GRANDE EMPRESA CRIMINOSA é uma das maiores e mais LUCRATIVAS mineradoras do mundo. Porque ela não arca com essas despesas. Aliás estou me perguntando aqui, porque a SAMARCO, não está suprindo essas cidades com água potável? São tantas as questões que se alguém souber a resposta, por favor poste aqui. Lunah Lan

ENSINANDO A APRENDER O QUE É BOM PRA TOSSE

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Mãe pela primeira vez aos dezenove anos, casada, morava na casa da sogra. No outro dia após o parto minha mãe veio me visitar e me viu entendendo roupa no varal. Chamou a minha sogra perto e disse: __ Vou pagar uma vizinha para vir ajudar ela com as roupas pelo menos uns quinze dias pra ela ficar de resguardo. Ao passo que a resposta foi: __De jeito nenhum, não quero nenhuma estranha aqui na minha casa. Eu quando pari lavava roupas e nunca tive nada. Isso é bom pra ela aprender o que é bom pra tosse. Assim, minha mãe e eu sem voz apenas acatamos a decisão. Cinco dias depois eu estava muito mal. Não consegui andar de tanta dor que sentia e a episiotomia havia inchado muito. Não tinha dinheiro para comprar remédio sequer para dor. Como o marido havia sumido, viajando com os amigos, eu me sentia uma intrusa na casa e não tinha coragem de pedir remédios. A filha chorava muito, chorávamos juntas. Eu também não tinha leite suficiente para alimentá-la. No sába...

GAROTA DE PROGRAMA

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Aos 14 anos estudava a 8ª série em escola pública, a mãe conseguiu vaga para trabalhar em uma escola particular do OBJETIVO e uma bolsa para mim. No entanto, os alunos todos de família abastada e tradicional não aceitaram muito bem que eu compartilhasse a mesma sala que eles. E ainda mais que com muito esforço, apesar de trabalhar como empregada doméstica na época tirava notas mais altas que eles. Estudava no período matutino saía da escola ia direto para o trabalho, trabalhava simultaneamente em duas casas de família. Assim que terminava um serviço corria para o outro. Após a jornada de trabalho (que tinha de acabar enquanto era dia, pois não podia chegar em casa a noite) corria para a casa para fazer as tarefas e estudar. Certo dia, voltando do trabalho a passos largos um dos colegas de turma, em cima de sua moto, (na minha cidade menor de idade pode ter a sua própria moto, se for rico) parou do meu lado e disse: __ Vamos fazer um programa? Sem saber direito do que ele ...

E O QUE ERA DOCE SE ACABOU!

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Onde foi parar o lindo Rio Doce? Será que vale a pena tanta evolução, Vale? Se matassem os peixes causa justa fosse Para alimentar muitas bocas, equivale A muitos relega a sede e a fome e a poucos o bem que se regale Restou-nos a lama dos conchavos políticos incoce E nos permitem apenas que se cale! Lunah Lan

SERÁ QUE EXISTE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES?

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Caminhei sozinha para dentro do hospital avisando a atendente de que eu estava em trabalho de parto era pouco mais de 17h. Como havia feito o pré-natal apenas com um médico, ingenuamente acreditei que ele faria o meu parto. A moça virou-se para mim e disse. __ Você tem dinheiro? Se não tem dinheiro para pagar particular, quem faz o parto é o médico de plantão mesmo. Esse foi o meu primeiro choque. Encaminharam-me a enfermaria para os procedimentos. O médico (se é que posso chamar aquele animal de médico) veio para fazer o “toque”, tudo foi feito horrivelmente às pressas e de qualquer forma, uma verdadeira violência. Eu tinha dilatação, mas a bolsa não rompia. Fui encaminhada para a lavagem intestinal, da qual sequer sabia que tinha de ser feita, antes, porém foi realizada a tricotomia (raspagem dos pelos e higienização com álcool iodado, experimente raspar os pelos com gilete e jogar álcool), eu também não sabia que seria feita. Pré-natal para quê? Ninguém me explicou nada ...

MEMÓRIA DE UM DIA TRISTE

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Levantei cedinho e já fui preparar o café. Morava na casa da sogra, mas como nunca me aceitaram plenamente como da família, (como dizem, entrei pela porta dos fundos), tratavam-me como uma funcionária. Enquanto os filhos e filhas dormiam o meu dever era cuidar da alimentação e cuidados com a casa entre outros afazeres. Acendi o fogo no fogão de lenha, coloquei o feijão pra cozinhar, arrumei a mesa para o café rapidamente. Coloquei as roupas de molho. Enquanto os homens que sairiam para trabalhar tomavam o café eu arrumava as camas. Apesar da barriga de 9 meses, de ter tido contratempos diários durante toda a gravidez, de pesar apenas 42 quilos, eu parecia bem disposta esse dia. Estava feliz também, porque o marido que a muito tempo sequer olhava para mim direito resolveu ser meu motorista até o sítio da família, onde minha obrigação era colher duas bolsa de 60 quilos de milho verde para fazer pamonha e curau, alimentar e dar águas aos animais. Contente pela companhia, fiz o ...

O QUE NÃO TE MATA TE FORTALECE! SERÁ?

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Era mais um daqueles dias de verão. Recebíamos visitas em casa, crianças corriam pelo quintal. Resolvemos ir ao shopping, porém ele ficava na cidade vizinha. Era dia de semana e o marido estava trabalhando, não podia nos acompanhar nesta pequena viagem.  Íamos as duas mães e as três filhas pequenas. Passando o check list: 1 - Carro – (água, óleo, combustível) - ok 2 - Carteira de habilitação – 02 – ok (sendo eu além de tudo funcionária do Detran e examinadora de trânsito e a amiga com vasta experiência em direção) 3 - Dinheiro para algumas comprinhas – ok 4 - Autorização do marido para sair - Foram horas (quase metade do dia) de conversas explicando o motivo do passeio, prometendo isso e aquilo para conquistar o “alvará”.  Por fim, depois de averiguar o carro, repentinamente ele deu o veredito. Podíamos enfim partir. Deixamos o estresse de lado e seguimos viagem. Dentro da cidade, velocidade máxima de 60km/h, nada percebemos. Porém, ao chegarmos á estrada, o...

FEMINISMO, PRA QUÊ?

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Um dia, na busca por ajudar a família fui viajar sozinha. Tinha lá meus 27 anos, duas filhas pequenas e enfrentava muitas dificuldades financeiras. Muitas mesmo. Uma amiga de longa data chamou-me para compor sociedade de venda de roupas, mas para isso eu deveria sair da minha cidade, viajar por mais de mil quilômetros até onde ela estava comprar as roupas. Inocente, fiquei muito feliz com a possibilidade de ajudar a família. Tentei avisar ao marido que estava consertando veículos na lavoura, sem sucesso. Como o único ônibus que partia saía na hora do almoço. Deixei as meninas com a minha mãe. Arrumei tudo direitinho. Deixei almoço pronto no forno. Avisei os amigos e fui. Minha amiga pagou a passagem. Eu viajaria mais de mil quilômetros sem um centavo no bolso. Mas, do que isso importava se era por um bem maior. Sonhadora que sou, peguei o ônibus e mal podia ver a hora de chegar. Cheguei ao destino. Pegara-me na rodoviária logo pela manhã e seguimos para as compras, sem com...

AS BRUMAS DO CAFÉ

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Serviu uma xícara de café bem quente e ficou olhando os devaneios da fumaça lembrando-se de quando colocava a mesa duas xícaras de café. Olhou para o porta-retratos com o vidro todo trincado na parede e sorriu um sorrisinho pálido ao relembrar quanto trabalho deu para escolher o lugar para pendurar aquela foto tão importante do casal. Era uma época de muitos risos, tudo era motivo para beijo, para abraço, para um cheirinho. Na sala agora quase sem mobília, sobraram as cortinas esvoaçantes, escolhidas a dedo para refletirem a leveza da alma. Olhava para o café meio sem vontade de tomar. Sentia uma dor que embrulhava o estômago, ardia no peito, engasgava a garganta. Era um misto de revolta e medo do incerto. Enquanto observava a fumaça fazendo curvas devido a sua respiração, sentia uma lágrima correr pelo rosto. Não tinha sido suficiente toda a sua entrega. Seu amor agora estava nos braços de outra. Girava lentamente o pires na mesa obrigando a fumaça a reagir e esmaecer assim como q...

O PULSAR DE UM CORAÇÃO

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Tantos dilemas passam no mundo lá fora. Bombas, crises, desastres ambientais, guerras... Meu mundo particular não é diferente. A bomba de não ter a idade para participar de muitas coisas, é o mundo acha que você é invalido depois dos 35 anos. A crise de não aceitar o meu corpo como ele é porque ele não é como o padrão exigido pela mídia de modelos altas, magérrimas, loiríssimas, fúteis e de unhas compridas. O desastre ambiental que sou. Quem me conhece, associa a um furação, trompo em tudo, derrubo, quebro, tenho medo até de me mexer e estragar alguma coisa. Guerras... Ah! As guerras. Essas sim. Faço de tudo pra não decretar uma, tenho um campo diplomático extenso, porém limitado. Depois de chegar na linha geodésia da minha diplomacia, sou faca na caveira. Mas, na maioria das vezes preencho os meus dias sonhando com o amor ideal. Como a menina que fui um dia desde que me lembro, que lembro de alguma coisa. Sonhava com esse amor, alguém que amaria os meus olhos, as minhas pa...

A MELHOR FOTOGRAFIA

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Olhou pela janela do quarto as folhas do fim do outono rolando pela praça em frente à casa. Elas davam uma linda cor de um laranja avermelhado para o caminho pacato e silencioso do parque, onde ninguém brincava. Estava apreciando o balanço dos galhos ao vento suave daquela tarde quando pensou ter ouvido a campainha. A tempos vivia enclausurada naquela casa e pouco contato tinha com o mundo exterior, estava resolvida a escrever o seu livro e que nada atrapalharia. De novo a campainha, insistente. Deve ser o entregador de pizza! Desceu as escadas quase correndo, pegou o dinheiro que já estava separado na mesinha e correu para a porta. Ficou tão absorta em seus pensamentos que não sabia quanto tempo o entregador estava à lá. Ensaiou um pedido de desculpas, fez um sorrisinho no rosto e abriu a porta. Deu de cara com uma mão segurando uma florzinha na altura do seu nariz. Conhecia aquela mão e não era do entregador de pizza. Só existia uma pessoa no mundo capaz de con...

INCANSÁVEL

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AMÉLIA ERA PRA SER TEXTO MAS VIROU POESIA

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