AOS TRANCOS E BARRANCOS

Ontem eu ouvi esse dito popular que significa de qualquer maneira, de maneira improvisada. E me dei conta que é aos trancos e barrancos que a história se faz.
Não importa quantas planilhas fazemos para organização das coisas, temos o relógio, o calendário, a agenda, os famigerados celulares.
Tem crianças (e adultos) que se guiam pelas programações das TVs, e se por acaso a programação muda, lá se foi o seu dia “água a baixo”.
Programamos aquele regime para a segunda feira e quando encontramos os amigos eles estão tomando cerveja com fritas, como não socializar, não é mesmo?
Programamos aquele dia na praia e amanhecemos com cólica ou chove o dia todo. E as férias? Aquelas que no meio do ano a gente já começa a sonhar e vai passando o tempo e queima o chuveiro, fura o pneu do carro, acaba o gás de cozinha, a empresa fali.
A vida é cheia de percalços, todos as noites alguns dormem fazendo os planos de como será o seu amanhã, mas no outro dia o despertador não toca e você acorda de sobressalto e sai correndo pro trabalho aos trancos e barrancos.
Quem tem filho, nem se fale aí você de lidar não só com o incerto que se aplica a você, mas também com o incerto que atinge essas figurinhas que nós amamos. Eu tinha muito que ir naquele congresso apresentar um trabalho em grupo, mas meu filho pegou catapora bem na época e eu acabei não pude ir.
Em meio a avanços e retrocessos sem muita direção, se apresenta os nosso planos pra vida, a vida financeira da empresa, o feminismo, o ativismo ambiental, os programas sociais, a estruturação econômica da América Latina, a paz mundial.
E todo dias são feitos de planos exatos de como tudo deve começar, se desenvolver e ser.
E todo dia alguém entra em uma sala correndo, aos trancos e barrancos, para mudar, acrescentar, contribuir e fazer história.


Lunah Lan

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