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Mostrando postagens de fevereiro, 2025
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  PROFESSORA   Nas mãos trago o verbo ensinar Teço destinos, moldo amanhãs E em cada olhar que se perde no ar Vejo o futuro dos tempos maçãs   Quem se doa, inteira e sem fim Na sala com gestos para encantar O coração, que pulsa em mim Se faz abrigo no ato de amar   Criança/aluno que nasce e voa Pedaço de mim, sempre a crescer Saudade no tempo que ecoa Amor pelo eterno aprender   Sou jornada de sorriso e de dor Despedidas e sonhos que se vão Ao ensinar é um mundo de cor Do que sou, do que fui, doação   Por Helena Pereira (Pseudônimo Lunah Lan)
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  DIGA TUDO   Nas minhas lágrimas minha alma se banhava Por tantos dias e noites te esperei Mas tua sombra sequer me procurava Diga tudo, mas não diga que não te amei   A dor da despedida o coração corrói Saudade que aos poucos se perdeu Minha cabeça no teu peito, quem diria, meu herói É a lembrança mais triste do meu breu   Nos meus sonhos, nas poesias, estou certa Vejo um filme que o tempo desbotou Das promessas tão vazias, tão incertas Teu perfume, ainda sinto é o que sobrou   Sei que posso esquecer, posso calar Meu amor mesmo em silêncio ainda é teu Pois o amor que fiz nascer pra te entregar Ao dizer que não te amo, o mal venceu   Por Helena Pereira (Pseudônimo Lunah Lan)  
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  RESUMO   Insisti na gente, mas um dia fui embora Calei meu eu, sufocado nessa dor Sonhos que tive e teci à luz da aurora Nunca chegaram, congelaram esta flor   Na vida, eu me vejo naufragando As lembras dos teus beijos, lá se vão A saudade passa o dia me espreitando Nas poesias que escrevi na contramão   Em mim tudo o que fomos, reverbera Mas os meus olhos nos teus olhos, não tem mais Eu quis ser forte e vencer a atmosfera Fui consumida pelos silêncios mais mortais   Eu sou penumbra e nas noites não me perco Eu sou a brisa que murmura o teu nome Eu fui embora para dentro do deserto Em solidão minha alma se resume   Por Helena Pereira (Pseudônimo Lunah Lan)
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  ENTRE O VERÃO E O NATAL   Fui feliz em um tempo de verão Onde ao sol e no mar eu me encontrava Nossos corpos, em volúpia, emoção A minha boca, tua boca desejava   No Natal, em silêncio eu não te via Brilhava em nós a promessa mais sagrada Que em breve para mim, tu voltarias E por você, eu esperava apaixonada   Em silêncio eu gritava tua ausência Casa vazia, recontando o que fomos Na solidão eu perdia minha essência O meu brilho, as minhas asas e os meus ramos   O que pesa é a saudade que consome A tua falta é inverno sem final Fui feliz, mas enfim, não tinha um nome Hoje sou nada, só memória no Natal   Por Helena Pereira (Pseudônimo Lunah Lan)
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  EFÊMEROS HUMANOS   Somos vento Sopro breve que toca a terra Antes de se perder no esquecimento Somos rastro de uma estrela cadente Um brilho volátil no véu do infinito Onde tudo nasce já morrendo   Somos pele, osso e memória Pó que dança na luz da aurora Vida que se afoga no silêncio do tempo E ainda assim, quando se vão, choramos Porque sentir é nosso maior tormento E também, nosso dom mais insano   Trazemos no peito o peso dessas eras Como se o mundo fosse todo nosso fardo Como se fôssemos mais do que um suspiro Na garganta do universo Mas a vida é só um poema amargo Escrito em areia e disperso   E no instante final, quando a chama apagar As linhas frágeis desenhadas Resta apenas a beleza de termos existido Ardido Antes do nada.   Por Helena Pereira (Pseudônimo Lunah Lan) Em homenagem a professora Cassia Meira ( in memorian )
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  ESPERANÇA DESESPERADA   No outro ano, acreditei fui sem limite Dei-me inteira, minha alma ao luar Tua promessa, para mim era convite Mas no futuro vi meu mundo naufragar   Já não sorrio, hoje o tempo te levou Nem a cidade, nem meus olhos brilham tanto E a saudade é agora o que guardou Ficando em mim, um mar, profundo pranto   No novo ano a esperança é palpite É uma semente de eterno renascer Mil sentimentos, no meu peito dinamite Faz explodir mil emoções e florescer   Pois agora, minha vida é recomeço Ainda ferida, dos meus sonhos eu não largo Talvez um dia nos teus braços amanheço Mesmo depois de provar tal fel amargo   Por Helena Pereira (pseudônimo Lunah Lan)
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  QUERIDA DIRETORA   A escola é o seu chão sagrado Onde sonhos correm sem cessar Você nos olha com cuidado Como mãe, pronta para amar   Gestos firmes, amparo moldado Nos teus olhos, a luz não há de apagar Tu és nosso   futuro sonhado Amor que educa, nem precisar falar   Seus passos no chão da escola Zelam como se fosse seu lar São mil corações que ela consola Sua força é o amor que não cansa de brotar   Por Helena Pereira (pseudônimo Lunah Lan)
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  ASSÉDIO   Em cada esquina que cruzo É um olhar me espia Vozes sussurram escusos O riso amargo arrepia   Sigo com passos forjados Nas dores que só eu conheço Olhos abertos dentes cerrados Para não permitir o tropeço   Bravata de homem pequeno Rouba o instante de paz Falas pesadas, veneno Mãos invisíveis, audaz   No íntimo o grito profundo A raiva retumba o desdém Homem de molde imundo Fique longe, sou força, sou trem   Por Helena Pereira (pseudônimo Lunah Lan)
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  CORRENTES INVISÍVEIS   Sorrisos falsos e sussurros disfarçados Suas verdades aos ventos não se abrem Machismo cúmplice, em tramas trançados Murmúrios se esconde onde as dores cabem   Levantei na espera da amizade, a que acalma Corri descalço estradas de sonhos puros Só encontrei espinhos de cortar alma E promessas dos seus laços obscuros   Em vão, joga o vulto o que contém           A cada palavra, um abismo mais profundo Na tua falsa imagem de bom homem O caráter, de todos, o mais imundo   Frente a sua falsidade maiúscula Ingênua caí em oportunidade armadilha Tentou prender-me em corrente ridícula Mesmo calada, sou luta contra esta quadrilha   Por Helena Pereira (pseudônimo Lunah Lan)