ASSÉDIO
Em cada esquina que cruzo
É um olhar me espia
Vozes sussurram escusos
O riso amargo arrepia
Sigo com passos forjados
Nas dores que só eu conheço
Olhos abertos dentes cerrados
Para não permitir o tropeço
Bravata de homem pequeno
Rouba o instante de paz
Falas pesadas, veneno
Mãos invisíveis, audaz
No íntimo o grito profundo
A raiva retumba o desdém
Homem de molde imundo
Fique longe, sou força, sou trem
Por Helena Pereira (pseudônimo Lunah Lan)
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