COMO NASCE UMA POESIA

 


O dia em que a alma derrama

A tinta azul no papel 

O peito se enche, inflama

Conta estrelas no céu


Os versos feitos de vento

Suaves, plenos, alentos

As rimas, quase respiro

Da vida o perfume, suspiro


A palavra em nó na garganta

Cala um sonho imperfeito

A caneta hesita, levanta

Os olhos a mirar o seu feito


O sorriso molda o traço

De um abraço infinito no espaço

De uma beleza singular e rara

São sonhos de tudo que amara


Busca-se o verbo exato

A poesia onde se esconde

O verso tentando contato

É a mão sem voz que responde 


E então compreendo — é poesia

Ela sim é desejo sem nome

É a emoção do poeta que a cria

Lágrima mansa, que o papel consome


De Helena Pereira – Pseudônimo Lunah Lan 

Dia 21/03/2024 Dia Mundial da Poesia

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