RETROSPECTIVA
Aqueles dias em que você não encontra mais vontade de viver
nem coragem para morrer te mostram quão covarde você é.
Aqueles dias em que os seus dilemas tomam conta das horas
que passam apressadas e vão embora, te apontam para a insignificância.
Nada gira conforme deveria muita coisa se quebrou, Agora
tanto faz qual mês, qual noite, qual dia.
As imprecisões dos dias inquietam o peito que sofre de uma
dor que oprime. Que salta aos olhos. Que pesa os ombros.
O nada que se sente é tão grande que até parece ser um tudo
que te diminui cada dia um pouco.
O mundo gira, as pessoas passam como num filme acelerado. E o mundo gira. E tudo gira e a tontura torna suas atitudes inesperadas.
Para sobreviver vale tudo, você esquece o seu código de
honra, seus pudores, suas exigências mais profundas pelo do
outro e descobre depois que para o outro não valia nada.
E o que resta então dessa vida descarada? Que veio
disfarçada de boas vindas, mais nada!
Tudo se foi. As derrotas foram maiores que as vitórias. As
feridas mais profundas que os remédios, Os abandonos maiores que os sorrisos. E a saudade... Ah! A saudade! Essa sim venceu. Brinca como
criança pela casa, esconde-se em cada canto dos olhos, em cada fio de cabelo,
em cada gesto de carinho, em cada lembrança do seu abraço, nas palavras das poesias, no cheiro da sua roupa que ficou, nas batidas do coração.
Lunah Lan
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