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Mostrando postagens de outubro, 2011

FILHAS, MENINAS DOS MEUS OLHOS

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Há 18 anos recebi uma missão, a de cuidar da minha primeira filha, há 15 anos (quase 16) nasceu minha segunda filha. Fui concisa no cuidado com elas, tudo o que fiz desde então foi pensando nelas, cada roupa que eu podia comprar, escolhia com cuidado e esmero, cada roupa que eu não podia comprar eu fazia, refazia, customizava com crochê, bordados e adaptações. Elas são lindas, duas princesas. A mais velha – é uma flor sensível, delicada, doce, mas forte, acho que se assemelha a orquídea, que sobrevive a lugares e tempos inóspitos, pois guarda em si energia para sobreviver. A mais nova – uma florzinha do campo, leve e solta, tão delicada quanto à irmã e forte para suportar os ventos que mudam sempre. Estive ao lado delas em cada momento, em cada febre, gripe, caxumba, catapora, alergia, falta de ar, noites de insônia... Lembro-me de estar ao lado delas, por exemplo: a cada sorriso, os primeiros passinhos, o primeiro dentinho, as primeiras palavras ditas, os cachinhos dos cabelos,...

SÓ QUE NÃO

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Vou despedindo-me aos poucos Vou desfazendo o contato Vou saindo de cena vagarosamente Para não causar muito impacto Eu queria ficar, curtir Queria brincar, cantar Mas não importa mais Esta vontade de estar... Não tenho mais nada a perder Não há mais o que ser dito A vida não foi um prazer Foi uma pedra nesse mundo maldito Eu queria amar, amei Queria sorrir, viver Mas nada mais faz sentido Não há o que fazer A dor vai me corroendo A solidão se alastrando Os dias passam úmidos e vazios O tempo está acabando Então, vou indo... assim, sem nada a deixar Não fui artista, nem nada Não deixo nenhum legado importante Apenas saudade da vida que não tive! Lunah Lan

O INOMINÁVEL

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Ele é meu pequeno tesouro Dos achados o mais importante Zela-me, cuida-me, ama-me, Um anjo da guarda constante Incansável em sua luta Seca-me as lágrimas, preciso Escuta-me, aconselha-me, beija-me Na ânsia de me arrancar um sorriso Amigo em todos os momentos Puxa-me a orelha, às vezes, Puxa-me para os seus braços E abraça-me como se fosse a última vez Lunah Lan

A noite em que me tornei humana

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Senti a dor da solidão, o peso da culpa Perdi o rumo, os sentidos, as vaidades, os pudores Rastejei entre as folhas caídas no chão Sentindo o cheiro de vômito nos cabelos O consciente já inconsciente nada mais pensava, Apenas sentia tudo intensamente Sofria silenciosamente O coração calado por tanto tempo, Falei de coisas que mostravam quão frágil e imperfeita sou Vaguei como um anjo caído Até encontrar meu anjo da guarda Que me vendo tão frágil e inconsolável Segurou a minha mão até a parte mais fria da noite passar E então, ao amanhecer, eu expirei Desprendendo-me daquele corpo frágil e fétido Retornei ao meu status de Semi-Deusa Com a missão de aperfeiçoar o imperfeito E evitar o inevitável. Lunah Lan

Perdida

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Hoje as lágrimas que ha muito eu esperava Vieram e deslizaram quentes em meu rosto  E o meu úmido olhar buscava seu olhar e não encontrava Meus braços vazios de você e o meu peito cheio de uma saudade nem sei de quê As horas passam e o tempo não passa, o tempo passa e a vida não é a mesma E a vida se esvai entre os meus dedos e o tempo acaba e nada, nada, nada... E a solidão, esta que não me larga um só instante... Minha eterna companheira... Ouvinte dos meus lamentos, péssima conselheira... Ah! Se não fosse o vinho a me dar conselhos e acalmar meu coração, como dormiria eu? Ah! Senão fosse a pressão de tanto trabalho para distrai-me, como viveria eu? Ha tempos que estou perdida....  Me procuro e não me acho... Achei que podia estar em seu coração, ...não, nos seus olhos, nos seu braços...que ilusão! Lunah Lan

Presa dentro de mim

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Acorrentada, magoada, machucada Morrendo, sufocada por mim mesmo Uma morte lenta que me consome Presa não por minha vontade, mas por minha responsabilidade A alma que mora dentro de mim Só quer ser livre, poder falar, sentir  Sentir qualquer coisa que não seja mais tristeza e solidão Lunah Lan