Gritos de um Universo Diverso

Quando você parou de ouvir a minha voz, Foi o meu silêncio que começou a falar Ele fala das terríveis verdades que vivemos E não quer calar Aqueles passos que demos lado a lado Sem um aconchego, sem uma palavra Aquele encontro que iniciou quieto e terminou calado Lembra-te das recusa, mas do esquecimento não te livra Depois da troca de insultos, o silêncio, a tensão Nem um beijo, nada de abraço, nenhuma palavra dita Só a tristeza que te corta, nada de perdão Essa solidão acompanhada, essa quietude maldita Os planos já não são compartilhados É o silêncio que compartilha a má notícia Não é mais nosso silêncio de paz, mas sim de ponto final É o silêncio dizendo que a mensagem não é fictícia! Lunah Lan

Aqueles dias em que você não encontra mais vontade de viver nem coragem para morrer te mostram quão covarde você é. Aqueles dias em que os seus dilemas tomam conta das horas que passam apressadas e vão embora, te apontam para a insignificância. Nada gira conforme deveria muita coisa se quebrou, Agora tanto faz qual mês, qual noite, qual dia. As imprecisões dos dias inquietam o peito que sofre de uma dor que oprime. Que salta aos olhos. Que pesa os ombros. O nada que se sente é tão grande que até parece ser um tudo que te diminui cada dia um pouco. O mundo gira, as pessoas passam como num filme acelerado. E o mundo gira. E tudo gira e a tontura torna suas atitudes inesperadas. Para sobreviver vale tudo, você esquece o seu código de honra, seus pudores, suas exigências mais profundas pelo do outro e descobre depois que para o outro não valia nada. E o que resta então dessa vida descarada? Que veio disfarçada de boas vindas, mais nada! Tudo se foi. As derrotas foram...

E todo dia eu abro a janela esperando ver o sol Mas a escuridão persiste Insiste E todo dia eu abro a janela esperando ver seu sorriso E você está tão intocável, altivo Motivo E todo dia eu abro a janela e é tudo tão vazio Continuo mesmo a um passo de desistir Iludir E todo dia quando eu abro a janela Tenho vontade de meter o pé na porta Torta Lunah Lan

Nessas horas lentas e dolorosas de dúvida e de certeza Mantenha a calma e veja como as pessoas podem dissimular É tudo um jogo, é só sobrevivência, pense com clareza Lembre-se de quem você é, d’onde veio e quanto vai galgar Mantenha a calma quando abrir os olhos e ver Quando o coração disparar e nada mais tiver importância Mantenha a calma e minta até o fim que é um prazer Viver a solidão de saber da sua irrelevância Não aja agora, espere mais um pouco Espere a aflição passar, mantenha a calma Espere que os homens tenham honra, não seja louco Não aposte tudo em um amor que te preencha a alma Mantenha a calma, não existe amor sem medidas Todos cobram seu preço, promessas de curar suas feridas A inocência acaba, as mascaras caem, e o coração bate, Bate por outro amor, bate na tua cara, fere a tua alma Mas... fique firme, erga a cabeça, morra por dentro, mas mantenha a calma! Lunah Lan